Esse blog parece até que é uma fan-page da Coisinha Verde, mas não tenho culpa deles fazerem tantos jogos bons. É só reflexo do quanto o Tiago Junges faz jogos. Eu mesmo não consigo acompanhar nem jogar todos que ele fez/disponibiliza no CoisinhaLab, que já sou assinante faz um tempo.
Mas vamos falar de Altaris, o jogo novo dele, que está em financiamento coletivo até dezembro. Altaris é um jogo de alta fantasia, com as espécies e classes clássicas de jogos assim. Tem todos os principais arquétipos representados. Mas diferente da maioria dos jogos “tradicionais” não tem nada que bloqueie as combinações. E tem muitas outras espécies diferentes, como uma espécie de grilos antropomórficos, os Akridianos.
O jogo em si é muito simples. Você só tem um tipo de teste: o físico. Você rola um dado(dois, se tiver foco) e se tirar 1 falhou, e 6 acertou. Só que você pode gastar pontos de energia(um dos dois “recursos” que o jogador tem para gerir, o outro sendo “pontos de vida”) para aumentar esse número. A grande sacada do Altaris é justamente essa: fica a escolha do jogador se ele quer usar o seu poder de “protagonismo” para avançar a narrativa daquele jeito(com o acerto do teste) ou quer lidar com as consequências daquela falha.
Coisas relacionadas a conhecimentos e testes “mentais” são resolvidas através de perguntas ao oráculo(que num jogo em grupo, é sempre outro jogador que responde, numa dinâmica muito boa que flui bem naturalmente). Para quem vem do mundo do RPG Solo, vai se sentir em casa fácilmente.
Uma outra grande sacada do sistema é justamente a estrutura das aventuras, que são como “geradores” de problemas. Você vai encontrar uma cena e descrever ela com alguns detalhes. Interagindo com o mundo através de hipóteses e testes vão acontecer problemas e surgir obstáculos que devem ser superados, sempre perguntando para o oráculo a consequência das ações quando não forem óbvias.
Eu já joguei o playtest(uma das vantagens de apoiar o coisinhalab) algumas vezes. O jogo está rodando bem legal tanto solo quanto em grupo. E é incrível como que a mesma aventura leva a lugares completamente diferentes.
Jogando em casa, com a família, foi uma aventura completamente diferente. E solo ainda outra aventura. Tudo isso com o mesmo módulo Se o financiamento coletivo bater todas as metas serão 15 módulos de aventura!
É um ótimo RPG para iniciantes, acaba tirando muito do peso de você ter que montar uma aventura, montar todo um mundo que trás em outros RPGs(não que isso não seja divertido, é). E como ele é feito sem a figura de um mestre(não tem nem regras pra isso no jogo), o jogo é perfeito para jogar de forma descontraída.